sexta-feira, 3 de junho de 2011

FORRÓ DANADO DI BÃO


FORRÓ DANADO DI BÃO
Naquele dia que nos fomo festejá
pra modi comemorá o São joão.
Aquela muié bunita quinem a santa
mi arrastô toda afoita pro meio do arraiá.
Deixei um par de vala lá no chão
qui não era pra modi plantá semente não,
foi meus dois pé dos sapato que riscaro assim a terra.
Eu, fingia qui num quiria,
mas impurrava o corpo im frente
prela num disistí i mi deixá quinem bobão.
Meu coração estava aos pulo,
mas acho qui era pra modi dá conta da emoção.
Tirava o chapéu da cabeça
pra ocupá a minha mão,
mas botava lá dinovo
e a otra logo tamem pegava ele, pra num ficá vazia não.
Quando os meus braço incabuladu
si inchero de valentia
e abraçaro todo aquele corpão,
num quiria era largá mais não.
Nem ouvia as música acabá,
tava lá garrado quinem erva di passarim.
Pelos pulo qui ela dava,
eu pensava qui era seu jeitin di varsá,
mas ela tava mais é saino fora
dos meu pisão no seu dedão.
Até qui a moça rependida do seu feito,
foi logo dano o seu jeito
di mi trocá por outro cabra,
na esperança di continuá na distração.

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